
arquitetura e urbanismo
Arquitetura Vernacular: A tradição que resiste à modernidade
A arquitetura vernacular não é ensinada nas universidades e nem considerada uma metodologia formal de construção. De caráter popular, ela se baseia em técnicas tradicionais passadas de geração em geração e carrega parte da cultura de uma determinada região. O uso de materiais locais é outra característica deste tipo de arquitetura, que costuma ser concebida pelas próprias comunidades, sem a intervenção de arquitetos profissionais. Por Baggio Schiavon | Dia 12/07/2024

A arquitetura vernacular está intimamente ligada ao lugar onde é desenvolvida. Além do uso exclusivo de matéria-prima típica da região – o que faz com que seja associada à sustentabilidade -, as suas técnicas construtivas também são próprias do local e refletem as necessidades dos moradores, assim como o clima e a vegetação daquela área específica. Mas, apesar de rudimentar, ela não pode ser considerada primitiva, pois exige a figura de um construtor, com suas habilidades e conhecimento, para erguer as estruturas.
A arquitetura vernacular só começou a ser estudada na virada do século 20. Arquitetos famosos, como o americano Frank Lloyd Wright e o francês Le Corbusier, eram entusiastas do tema, tendo, inclusive, usado versões atualizadas de técnicas antigas em seus projetos. Novamente esquecida nos tempos modernos, seu regionalismo e as tradições têm sido, hoje, resgatados e valorizados por uma geração que se volta ao passado para tentar escrever um futuro em sintonia com o meio ambiente.
No Brasil, a arquitetura vernacular se manifesta de diversas formas de acordo com as diferentes regiões do país. Ela é caracterizada pela mistura das variadas culturas que compõem a história brasileira, como indígenas, portugueses, escravos, imigrantes e outras nações que deixaram sua marca em terras nacionais.
Um dos principais exemplos de arquitetura vernacular brasileira são as ocas indígenas, que sobreviveram ao tempo e resistiram até os dias atuais. Graças ao isolamento, os povos originários conseguiram manter as suas tradições construtivas, a despeito dos avanços do mundo moderno. As palafitas no Norte, as casas de adobe e taipa no Nordeste e as construções estilo enxaimel no Paraná também representam a arquitetura vernacular brasileira, que não é única, mas carrega uma multiplicidade de modelos e metodologias devido às diferenças existentes entre as regiões de um país de nível continental.
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