
arquitetura e urbanismo
Conhecimento sobre acessibilidade e promoção da inclusão em bem-estar presentes em projetos de arquitetura
A arquitetura tem um papel fundamental na promoção da acessibilidade nas construções. Como profissionais que idealizam as edificações, é importante para os arquitetos adquirirem conhecimento sobre as normas de acessibilidade brasileiras e, mais do que isso, pensarem em como podem promover o bem-estar e inclusão das pessoas com mobilidade reduzida em seus projetos. Por Baggio Schiavon | Dia 20/05/2024

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD): Pessoas com Deficiência 2022, há no Brasil 18,6 milhões de pessoas com 2 anos ou mais com alguma deficiência, o que corresponde a 8,9% da população. Promover a inclusão deste grupo significa tornar possível às pessoas com quaisquer limitações, permanentes ou temporárias, o exercício de sua autonomia e o seu direito básico de ir e vir.
Em maio, o tema se torna ainda mais pertinente. Desde 2012, ele é considerado o Mês da Conscientização sobre Acessibilidade. Todo terceira quinta-feira de maio é marcada pelo Dia Mundial da Conscientização sobre a Acessibilidade. Para melhorar o dia a dia deste grupo de pessoas, uma série de adaptações podem ser feitas nas construções para proporcionar conforto, segurança e autonomia.
Veja alguns exemplos que podem tornar os espaços mais acessíveis e que devem ser considerados na hora de projetar uma edificação – seja ela nova ou o retrofit de um prédio mais antigo:
Rampas
Item fundamental em qualquer edificação acessível, as rampas de acesso em locais onde há escadarias não devem ter inclinação maior que 8% para garantir a autonomia de cadeirantes. Para espaços com grandes desníveis, recomenda-se a criação de patamares para o descanso (a cada 50 m). Quando não há espaço suficiente para uma rampa, outras alternativas são os elevadores ou as plataformas elevatórias.
Desníveis
Para tornar uma edificação acessível, o arquiteto deve dar preferência a solos planos, livres de desníveis e irregularidades. Em locais em que as escadas são necessárias, elas devem possuir corrimãos firmes, fixados na parede, e altura adequada, além de piso antiderrapante para evitar acidentes. Já a largura ideal é de, no mínimo, 1,20 m em áreas de maior circulação.
Corredores
As áreas de circulação devem ter largura mínima de 90 cm para garantir o conforto de um cadeirante. Os quartos precisam de, pelo menos, 1,50 m de diâmetro livre, para permitir o giro completo das cadeiras de roda, garantindo que a pessoa consiga manobrar o equipamento e se deitar sem ajuda.
Portas
As portas precisam ter vãos mais largos, de pelo menos 90 cm – as portas comuns têm, em média, 80 cm. Se a opção for por um modelo de porta de correr, ele deve ter
trilhos apenas na parte superior, para evitar tropeços caso a pessoa use andador ou bengala.
Banheiro
Barras de apoio instaladas nas paredes da área molhada e ao redor da bacia sanitária, piso antiderrapante e assento para o banho são indispensáveis para garantir a autonomia de pessoas com deficiência ao usarem o ambiente íntimo. Ao lado do vaso sanitário, o ideal é ter um espaço de cerca de 80 cm para caber a cadeira de rodas. Já as barras devem ter empunhadura ergonômica, para garantir firmeza no apoio e não prender o braço do usuário entre ela e a parede.
Automação
A tecnologia é uma grande aliada em projetos para pessoas com deficiência, facilitando o dia a dia. Assistentes pessoais, que funcionam por comando de voz, ajudam em atividades rotineiras, como desligar a televisão, regular temperatura do ar- condicionado e abrir uma cortina. As luzes com sensor de movimento, que acendem quando o sensor detecta o movimento, também garantem uma circulação mais tranquila para pessoas com deficiência.
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