O que é retrofit? Saiba mais sobre essa nova tendência em arquitetura

Técnica vem ganhando destaque no mercado imobiliário, especialmente das grandes cidades, em que há um número maior de imóveis antigos.

O que é retrofit? Saiba mais sobre essa nova tendência em arquitetura

Você sabe o que é retrofit? O nome é cada vez mais comum no mercado imobiliário e quem lida com imóveis um pouco mais antigos e que passaram por algum tipo de reforma já deve ter se deparado com ele em algum momento.

Apesar de estar em voga, trata-se de uma modalidade que está amparada já há um bom tempo sob a Norma da ABNT NBR 157575-1. Por isso, não é qualquer tipo de reforma em imóveis antigos que pode ser classificada sob esse nome. A seguir, vamos conhecer mais sobre essa tendência que está em alta nas grandes cidades.

O que é retrofit?

Traduzindo de uma forma bem simples, “retrofit” significa “ajustar o antigo”. A expressão une as palavras “retro”, que em latim significa “movimentar-se para trás”, e “fit”, que em inglês é “ajustar”. Portanto, aplicando tudo isso ao mundo da arquitetura temos uma técnica de remodelação ou atualização de um imóvel.

Porém, não de qualquer remodelação ou ajuste que estamos falando. Ela se aplica especialmente a imóveis antigos, sejam eles tombados pelo patrimônio histórico ou mesmo degradados pelo tempo em uma região mais antiga. Há muitos locais, especialmente em grandes cidades como São Paulo ou Rio de Janeiro, nos quais o chamado “potencial construtivo” está esgotado e, por essa razão, a revitalização de imóveis antigos se faz necessária.

Seguindo a legislação brasileira

Como já mencionamos, o retrofit segue a Norma da ABNT NBR 157575-1. No texto está descrito que essa técnica inclui a remodelação ou atualização de um edifício mediante a incorporação de novas tecnologias e conceitos. A ideia por trás disso é bastante simples: valorizar o imóvel, aumentar a sua vida útil e proporcionar a ele melhorias operacionais e energéticas. Além disso, conceitos de acessibilidade também entram nesse trabalho.

Outra boa notícia para os construtores e investidores é que mudanças recentes na legislação concederam desconto no pagamento de certos tributos. Essa medida estimula os proprietários a conservarem as suas edificações, pois além de pagarem tributos menores, aumentam as chances de que potenciais interessados vejam no imóvel antigo um utilitário nas grandes cidades.

Retrofit requer planejamento

Embora o número de profissionais e empresas que conhecem as particularidades do retrofit esteja aumentando, ainda é fundamental se planejar muito antes de optar por essa técnica. Além disso, uma boa análise técnica-econômica pode indicar se vale a pena ou não fazer retrofit em um determinado imóvel – em alguns casos, a resposta será negativa.

Por isso, essa decisão deve ser tomada sob a orientação de profissionais do segmento. O cálculo do valor do investimento não deve ficar em segundo plano e a decisão de seguir em frente com um projeto como esse não pode ser um mero capricho. Some a isso o fator escolha dos materiais, pois algumas revitalizações podem requerer materiais mais caros e isso pode aumentar demais o valor da obra.

Imóveis mais antigos também estão sujeitos a imprevistos. Quando a obra começa, podem surgir elementos que não foram observados na íntegra durante os períodos de avaliação. Em razão disso, provisione um orçamento um pouco mais flexível do que o habitual.

Por fim, pense na manutenção do investimento em médio e longo prazo. Um imóvel renovado certamente terá custos diferentes de manutenção e tudo isso, no final das contas, deve justificar o seu investimento. Ele precisa dar o retorno esperado dentro de um determinado prazo ou, caso contrário, pode ser mais interessante começar um novo imóvel do zero, se isso for possível.

Fonte(s): Blog da Arquitetura, Hometeka e AECweb